domingo, 5 de dezembro de 2010

Cinema, o que vem por aí...

Enterrado Vivo
(Burned,2010)


Genêro: Suspense

Direção: Rodrigo Cortés

Roteiro: Chris Sparling

Produção: Adrián Guerra, Peter Safran

Estréia: EUA - 24 de setembro de 2010

Estréia: Brasil - 10 de dezembro de 2010

Paul Conroy (Ryan Reynolds) não está pronto para morrer. Mas quando ele acorda a seis metros de profundidade, sem idéia de quem o colocou lá ou porque, a vida para o motorista de caminhão e homem de família torna-se imediatamente uma luta infernal pela sobrevivência. Enterrado com apenas um telefone celular e um isqueiro, seu contato com o mundo exterior e a sua capacidade de reunir pistas que poderiam ajudá-lo a descobrir a sua localização são absurdamente limitadas. Má recepção, uma bateria de rápida drenagem e uma fonte de oxigênio diminuindo rapidamente tornam-se os piores inimigos em uma corrida contra o tempo, o pânico, o desespero e o delírio. Paul tem apenas 90 minutos para ser resgatado.



   
Ladrões
(Takers / Bone Deep, 2010)  

Genêro: Policial

Direção: John Luessenhop

Roteiro: Peter Allen, Gabriel Casseus, John Luessenhop, Avery Duff

Produção: William Packer

Estréia: EUA - 27 de agosto de 2010

Estréia: Brasil - 10 de dezembro de 2010

Um grupo de ladrões que nunca haviam deixado pistas para polícia planejam assaltar um banco e roubar 20 milhões de dólares para encerrarem as "carreiras" de bandidos, porém seus planos são atrapalhados por um detetive vivido por Matt Dillon.




 Amor Por Acaso
(Bed & Breakfast, 2010)


Genêro: Comédia Romântica

Direção: Márcio Garcia

Roteiro: Leland Douglas

Produção: Uri Singer, Ted Melfi, Fábio Golombeck

Estúdio: PlayArte

Estréia: Brasil - 10 de dezembro de 2010

Ana Vilanova é vendedora de uma loja de departamento no Rio de Janeiro, namora um playboy e tem um irmão com problemas com a máfia. Ana descobre que herdou uma vinícola em Webster, na Califórnia, mas parece que Jake Sullivan tem uma pousada na vinícola de Ana. Ela, então, viaja decidida a despejá-lo, vender a terra e ajudar seu irmão. No entanto, se surpreende com o que encontra na terra do vinho e no seu possível adversário.



 
Tron – O Legado
 (Tron Legacy, 2010) 


Genêro: Ficção Científica

Direção: Joseph Kosinski

Roteiro: Edward Kitsis, Adam Horowitz, Richard Jefferies

Produção: Steven Lisberger, Jeffrey Silver, Sean Bailey

Estúdio: Walt Disney Pictures

Estréia: EUA-Brasil - 17 de dezembro de 2010

Sam Flynn (Garrett Hedlund), o filho de 27 anos de Kevin Flyn (Jeff Bridges), pesquisa sobre o desaparecimento de seu pai e acaba sendo sugado para o mesmo mundo de programas ferozes e jogos "gladiatoriais" no qual seu pai vive há 25 anos. Junto da fiel confidente de Kevin (Olivia Wilde), pai e filho embarcam em uma jornada de vida ou morte por um universo cibernético que se tornou muito mais avançado e perigoso.




72 Horas
(The Next Three Days, 2010)


Genêro: Crime

Direção: Paul Haggis

Roteiro: Paul Haggis

Produção: Olivier Delbosc, Marc Missonnier, Michael Nozik

Estúdio: Imagem Filmes

Estréia: EUA - 19 de novembro de 2010

Estréia: Brasil - 24 de dezembro de 2010

O professor universitário John Brennan (Russell Crowe) levava uma vida perfeita até sua esposa, Lara (Elizabeth Banks), ser presa acusada de um crime brutal, que ela alega não ter cometido. Após três anos de vários recursos negados pela justiça, John percebe que só há uma saída: elaborar um plano de fuga preciso para tirá-la da prisão. Agora, ele e Lara terão apenas 72 horas para fugir. Em uma corrida contra o tempo, John irá provar que não há nada mais perigoso do que um homem com tudo a perder.




Deixe-me Entrar
(Let Me In, 2010) 

Genêro: Suspense

Direção: Matt Reeves

Roteiro: Matt Reeves

Estúdio: Paramount Pictures

Estréia: EUA - 1 de outubro de 2010

Estréia: Brasil - 24 de dezembro de 2010

Produção: Alexander Yves Brunner, Guy East, Carl Molinder, Simon Oakes, John Nordling, Nigel Sinclair

Owen (Kodi Smit-McPhee) é um garoto solitário, que vive com a mãe e é sempre provocado pelos valentões da escola. Um dia ele conhece, perto de sua casa, Abby (Chloe Moretz). Sempre nas sombras, ela aos poucos de aproxima de Owen e logo se tornam amigos. Só que Abby possui um segredo: ela é muito mais velha que sua aparência indica e necessita de sangue para sobreviver. Para consegui-lo, seu pai (Richard Jenkins) realiza assassinatos na surdina, de forma a retirar o sangue das vítimas e levá-lo para Abby.




 Morte e Vida de Charlie, A
 (Charlie St. Cloud, 2010)


Gênero: Drama

Direção: Burr Steers

Roteiro: Craig Pearce, Lewis Colick

Produção: Michael Fottrell, Marc Platt

Estúdio: Paramount Pictures

Estréia: EUA - 30 de julho de 2010

Estréia: Brasil - 24 de dezembro de 2010

Os irmãos Charlie (Zac Efron) e Sam (Charlie Tahan) eram muito apegados, mas um trágico acidente os separou. Apesar disso, Charlie continuou mantendo contato com ele após sua morte, ficando conhecido como um cara estranho. Até o dia em que se apaixonou por uma jovem (Amanda Crew) e precisa decidir entre manter a promessa que fez ao irmão ou seguir o desejo de seu próprio coração.


Fontes: Cinema com Rapadura, YouTube.
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O que é um psicopata?

Cercada de mitos, a psicopatia nem sempre está associada à violência e, ao contrário do que se imagina, pode ser tratada

O termo “psicopata” caiu na boca do povo, embora na maioria das vezes seja usado de forma equivocada. Na verdade, poucos transtornos são tão incompreendidos quanto a personalidade psicopática.

Descrita pela primeira vez em 1941 pelo psiquiatra americano Hervey M. Cleckley, do Medical College da Geórgia, a psicopatia consiste num conjunto de comportamentos e traços de personalidade específicos. Encantadoras à primeira vista, essas pessoas geralmente causam boa impressão e são tidas como “normais” pelos que as conhecem superficialmente.

No entanto, costumam ser egocêntricas, desonestas e indignas de confiança. Com freqüência adotam comportamentos irresponsáveis sem razão aparente, exceto pelo fato de se divertirem com o sofrimento alheio. Os psicopatas não sentem culpa. Nos relacionamentos amorosos são insensíveis e detestam compromisso. Sempre têm desculpas para seus descuidos, em geral culpando outras pessoas. Raramente aprendem com seus erros ou conseguem frear impulsos.

Não é de surpreender, portanto, que haja um grande número de psicopatas nas prisões. Estudos indicam que cerca de 25% dos prisioneiros americanos se enquadram nos critérios diagnósticos para psicopatia. No entanto, as pesquisas sugerem também que uma quantidade considerável dessas pessoas está livre. Alguns pesquisadores acreditam que muitos sejam bem-sucedidos profissionalmente e ocupem posições de destaque na política, nos negócios ou nas artes.

Especialistas garantem que a maioria dos psicopatas é homem, mas os motivos para esta desproporção entre os sexos são desconhecidos. A freqüência na população é aparentemente a mesma no Ocidente e no Oriente, inclusive em culturas menos expostas às mídias modernas. Em um estudo de 1976 a antropóloga americana Jane M. Murphy, na época na Universidade Harvard, analisou um grupo indígena, conhecido como inuíte, que vive no norte do Canadá, próximo ao estreito de Bering. Falantes do yupik, eles usam o termo kunlangeta para descrever “um homem que mente de forma contumaz, trapaceia e rouba coisas e (...) se aproveita sexualmente de muitas mulheres; alguém que não se presta a reprimendas e é sempre trazido aos anciãos para ser punido”. Quando Murphy perguntou a um inuit o que o grupo normalmente faria com um kunlangeta, ele respondeu: “Alguém o empurraria para a morte quando ninguém estivesse olhando”.

O instrumento mais usado entre os especialistas para diagnosticar a psicopatia é o teste Psychopathy checklist-revised (PCL-R), desenvolvido pelo psicólogo canadense Robert D. Hare, da Universidade da Colúmbia Britânica. O método inclui uma entrevista padronizada com os pacientes e o levantamento do seu histórico pessoal, inclusive dos antecedentes criminais. O PCL-R revela três grandes grupos de características que geralmente aparecem sobrepostas, mas podem ser analisadas separadamente: deficiências de caráter (como sentimento de superioridade e megalomania), ausência de culpa ou empatia e comportamentos impulsivos ou criminosos (incluindo promiscuidade sexual e prática de furtos).

Três mitos

Apesar das pesquisas realizadas nas últimas décadas, três grandes equívocos sobre o conceito de psicopatia persistem entre os leigos.

1. O primeiro é a crença de que todos os psicopatas são violentos.

Estudos coordenados por diversos pesquisadores, entre eles o psicólogo americano Randall T. Salekin, da Universidade do Alabama, indicam que, de fato, é comum que essas pessoas recorram à violência física e sexual. Além disso, alguns serial killers já acompanhados manifestavam muitos traços psicopáticos, como a capacidade de encantar o interlocutor desprevenido e a total ausência de culpa e empatia. No entanto, a maioria dos psicopatas não é violenta e grande parte das pessoas violentas não é psicopata.

Dias depois do incidente da Universidade Virginia Tech, em 16 de abril de 2007, em que o estudante Seung-Hui Cho cometeu vários assassinatos e depois se suicidou, muitos jornalistas descreveram o assassino como “psicopata”. O rapaz, porém, exibia poucos traços de psicopatia. Quem o conheceu descreveu o jovem como extremamente tímido e retraído.

Infelizmente, a quarta edição do Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais (DSM-IV-TR) reforça ainda mais a confusão entre psicopatia e violência. Nele o transtorno de personalidade anti-social (TPAS), caracterizado por longo histórico de comportamento criminoso e muitas vezes agressivo, é considerado sinônimo de psicopatia. Porém, comprovadamente há poucas coincidências entre as duas condições.

2. O segundo mito diz que todos os psicopatas sofrem de psicose.

Ao contrário dos casos de pessoas com transtornos psicóticos, em que é freqüente a perda de contato com a realidade, os psicopatas são quase sempre muito racionais. Eles sabem muito bem que suas ações imprudentes ou ilegais são condenáveis pela sociedade, mas desconsideram tal fato com uma indiferença assustadora. Além disso, os psicóticos raramente são psicopatas.

3. O terceiro equívoco em relação ao conceito de psicopatia está na suposição de que é um problema sem tratamento.

No seriado Família Soprano, dra. Melfi, a psiquiatra que acompanha o mafioso Tony Soprano, encerra o tratamento psicoterápico porque um colega a convence de que o paciente era um psicopata clássico e, portanto, intratável. Diversos comportamentos de Tony, entretanto, como a lealdade à família e o apego emocional a um grupo de patos que ocuparam a sua piscina, tornam a decisão da terapeuta injustificável.

Embora os psicopatas raramente se sintam motivados para buscar tratamento, uma pesquisa feita pela psicóloga Jennifer Skeem, da Universidade da Califórnia em Irvine, sugere que essas pessoas podem se beneficiar da psicoterapia como qualquer outra. Mesmo que seja muito difícil mudar comportamentos psicopatas, a terapia pode ajudar a pessoa a respeitar regras sociais e prevenir atos criminosos.
 
Por Scott O. Lilienfeld e Hal Arkowitz
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